Evento Construindo Pontes: Limpando a cadeia de valor do ouro brasileiro

14 de setembro de 2023

Limpeza da cadeia de valor do ouro brasileiro

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Data: 5 de outubro de 2023

Horário: 10:00 às 11:30 CET

Localização: Centre International de Conférences Genève - Sala B e Online

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Sobre o evento

As finanças sustentáveis exigem a adoção de medidas para garantir que todas as atividades financeiras estejam alinhadas com a necessidade de um planeta saudável e equilibrado. O desaparecimento da Amazônia é, nesse sentido, uma grande ameaça. A cadeia de valor do ouro entre o Brasil e a Suíça é uma boa ilustração de como isso acontece na realidade. Junte-se a nós para explorar as medidas que o Brasil está tomando para eliminar o ouro ilegal de sua produção e comércio, as contribuições que uma série de participantes suíços estão fazendo - ou poderiam fazer - para apoiar os esforços do Brasil e o papel do setor financeiro suíço em ajudar isso a acontecer.

Histórico

Brasil

A mineração de metais e minerais é uma parte importante da economia do Brasil, e os royalties são essenciais para seu desenvolvimento econômico e social. Infelizmente, cerca de metade do ouro do Brasil é extraído ilegalmente, grande parte dele na Amazônia, e contribui diretamente para o desmatamento em larga escala, a violação de áreas indígenas e outras áreas protegidas, o abuso dos direitos humanos e a poluição dos ecossistemas.

No outro extremo da cadeia de valor, o ouro é comprado e vendido para joias, usos industriais e como ativo financeiro. Esse comércio - e o envolvimento central dos agentes financeiros - não pode deixar de ser associado ao impacto negativo no local.

Suíça

A Suíça é um importante centro de comércio de ouro e o segundo destino mais importante para o ouro brasileiro, depois do Canadá. A Suíça também desempenha um papel de liderança global no refino de ouro e, é claro, as instituições financeiras suíças compram, vendem e armazenam grandes quantidades de ouro, inclusive ouro do Brasil.

A Suíça busca manter os mais altos padrões em termos de ouro importado e refinado no país, e sua legislação prevê pesadas sanções para os envolvidos no comércio ilegal. A Suíça está liderando o rápido desenvolvimento de tecnologia para rastreabilidade, pois sua reputação exige medidas firmes para garantir a integridade de suas cadeias de valor.

Nos últimos anos, isso significou ter muito cuidado com o ouro do Brasil devido à proliferação da mineração ilegal de ouro durante o governo anterior.

A oportunidade

Com a eleição do Presidente Lula no final de 2022, o fim do desmatamento da Amazônia e o respeito aos direitos dos povos indígenas foram publicamente estabelecidos como a mais alta prioridade. Para atingir esses objetivos, é necessário eliminar a mineração ilegal de ouro e garantir que esse ouro não entre na cadeia de valor, especialmente em termos de exportação.

Há um consenso impressionante entre os principais atores no Brasil sobre a necessidade de avançar nesse objetivo. Além do Executivo, ele se estende ao setor formal de mineração, ao banco central e à comunidade financeira, à Polícia Federal, ao judiciário e à sociedade civil. 

O segundo fator diz respeito ao rápido aprimoramento da rastreabilidade do ouro desde a extração até o ponto de venda final. Isso inclui tecnologia sofisticada para determinar a origem exata do ouro, para marcá-lo de modo que possa ser rastreado até seu destino final, para fornecer ao ouro um "passaporte geoforense" e o uso da tecnologia blockchain para garantir a integridade da cadeia de custódia. Isso inclui tecnologia para rastrear transações financeiras ligadas ao comércio de ouro.

Como resultado, a demanda para revisitar o padrão comumente aplicado para garantir a integridade do ouro está crescendo rapidamente.

O programa do evento abordará três tópicos principais:
  1. Compromisso do Brasil com a eliminação do ouro ilegal
  2. Atuação da Suíça no setor de ouro
  3. Elevando o nível - O que ainda é necessário?
Os palestrantes incluem:
  • Barbara Beck (professora e gerente de pesquisa do Instituto de Ciências da Terra (ISTE) da Universidade de Lausanne)
  • Diana Culillas (Secretária Geral da Swiss Better Gold Association)
  • Frédéric Dawance (sócio-gerente da PPT, chefe do The Swiss Positive Fund - equipe de investimento da Physical Gold)
  • Marcelo Furtado (diretor da NatureFinance e co-líder da força-tarefa sobre mercados naturais, diretor de sustentabilidade da Itaúsa)
  • Marie-Laure Schaufelberger (Diretora de ESG e Administração, Grupo Pictet)
  • Mark Halle (consultor sênior, NatureFinance)
  • Melina Risso (Diretora de Pesquisa, Instituto Igarapé)
  • Neidinha Suruí (Co-fundadora, Associação de Defesa Etno-Ambiental Kandidé)
  • Olivia Lipsky (Gerente de Sustentabilidade Corporativa, WWF Suíça)
  • Patrick Odier (Presidente da Swiss Sustainable Finance, Presidente da Building Bridges)
  • Raul Jungmann (Presidente, Associação Brasileira de Mineração (IBRAM))
  • Xavier Miserez (Chefe de Vendas, MKS Pamp)

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