O que escolhermos financiar definirá a vida de todos na Terra.
Como 100% da economia depende da natureza, a maneira como escolhermos conscientemente moldar nossas economias poderá fazer a balança pender para um futuro equitativo e positivo para a natureza ou para um futuro irreversível e negativo para a natureza, com impactos devastadores nas pessoas e no planeta.
A "bioeconomia" abrange um amplo escopo, desde a agricultura, pesca, silvicultura e aquicultura sustentáveis até a produção de alimentos e rações, tecnologia de base biológica, produtos e bioenergia.
A bioeconomia se distingue pelo fato de incluir a fusão de bio e tecnologia, ao mesmo tempo em que inclui oportunidades clássicas de investimento na natureza. A forma como as maiores economias do mundo decidirem incorporar e promover uma bioeconomia moderna determinará, em grande parte, nosso relacionamento com a natureza, o comércio e se será, em última análise, regenerativo e positivo para a natureza.
E, se olharmos para a economia pela lente da bioeconomia, poderemos ver um amplo cenário de investimentos em potencial tanto na conservação da natureza quanto em tecnologia de ponta, talvez proporcionando uma base para o próximo conjunto de oportunidades de mercado e de subsistência.
Um novo levantamento global produzido pela NatureFinance e FGV-CES, com o apoio de dezenas* de organizações da sociedade civil, ilustra que, com algumas sobreposições e diferenças, todos os membros do G20 já estão avançando estratégias e práticas de bioeconomia.
A Bioeconomia Global
Em seu relatório anual "State of the Global Bioeconomy" (Estado da Bioeconomia Global), o Fórum Mundial de Bioeconomia estima o valor total da bioeconomia em US$ 4 trilhões e, de acordo com um estudo do Henderson Institute (BHI) do Boston Consulting Group, este número pode aumentar para US$ 30 trilhões até 2050.
A Bioeconomia Global: Levantamento Preliminar das Estratégias e Práticas do G20 é uma resposta ao potencial de crescimento significativo da bioeconomia. Também visa contribuir para a pioneira Iniciativa de Bioeconomia do G20, lançada pela presidência brasileira no intuito de promover o diálogo, a cooperação internacional e, em última instância, um conjunto de Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia. O país detém a liderança rotativa do bloco até novembro de 2024, quando passará o bastão para a África do Sul.
Este balanço analisa os desafios e as oportunidades, além de destacar os temas emergentes que poderiam ser o foco de um programa de trabalho da Iniciativa de Bioeconomia do G20.
Principais conclusões
Embora os membros do G20 tenham prioridades e estratégias diversas, há convergências subjacentes.
A análise preliminar indica que as abordagens dos membros do G20 estão estreitamente alinhadas em três temas principais:
1. biotecnologia (pesquisa, desenvolvimento e inovação);
2. biorecursos (uso sustentável da biodiversidade) e
3. bioecologia (desenvolvimento sustentável de forma mais ampla).
Foram identificados ainda cinco temas-chave que podem servir de base para um programa de trabalho da Iniciativa de Bioeconomia do G20:
1) integração nos planos de crescimento econômico, industrial e verde,
2) subsistência, equidade e oportunidades
3) financiamento que possibilita a bioeconomia,
4) facilitação do biocomércio, e
5) métricas da bioeconomia.
Faça o download, compartilhe e discuta o relatório.
Contato e mais informações
Para perguntas sobre mídia e comunicações, entre em contato com Jo Benn, chefe de comunicações da NatureFinance: jo.benn@naturefinance.net
*O Grupo de Apoio à Iniciativa de Bioeconomia do G20 inclui: Uma Concertação pela Amazônica; Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM); Instituto Arapyaú; Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS); Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI); Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura; Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ); CDP América Latina; Climate Policy Initiative (CPI); Fundação Dom Cabral (FDC); Fundação Getúlio Vargas (FGV); Instituto Igarapé; Insper Agro Global; Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal; Natura & Co; NatureFinance; Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN); Instituto Clima e Sociedade (iCS); The Nature Conservancy Brasil (TNC)