Sobre o artigo
Este documento da Força-Tarefa sobre Mercados da Natureza, com Peter Smith, do Instituto Igarapé, explora as percepções compartilhadas por especialistas do setor e pessoas de dentro dos setores de alimentos, agricultura, finanças, comércio internacional e sustentabilidade, com o objetivo de identificar intervenções no mercado que possam promover resultados positivos e equitativos para a natureza. Essas entrevistas aprofundadas esclarecem as diversas funções dos investidores, das instituições financeiras, dos governos e dos consumidores na formação dos mercados de alimentos em direção a esses resultados desejados. Em segundo lugar, o documento explora a literatura e apresenta análises sobre três estudos de caso específicos de commodities, especificamente soja no Brasil, óleo de palma no Sudeste Asiático e cacau na África Ocidental, bem como um estudo de caso regional adicional que avalia o potencial do AfCFTA para transformar os mercados africanos de soft commodities.
Temas principais
- Mercados de commodities leves relacionadas a alimentos
- Resultados positivos da natureza
- Intervenções no mercado
- Governança positiva e equitativa da natureza
Destaques
- Os mercados de commodities leves relacionadas a alimentos são o segundo maior mercado global de natureza por tipo, escala e valor monetário (US$ 4,3 trilhões por ano em produção global) e, portanto, desempenham um papel crucial no desenvolvimento e na expansão dos mercados de natureza em todo o mundo
- O imperativo de transformar os mercados de commodities leves é reforçado pelo fato de que a expansão da agricultura comercial representa a principal causa direta da perda de florestas tropicais.
- Métodos de fornecimento insuficientes e lacunas na rastreabilidade ameaçam exacerbar o desmatamento ilegal de ecossistemas críticos e (direta ou indiretamente) perpetuar as violações dos direitos humanos, ao mesmo tempo em que o aumento dos preços dos alimentos devido à demanda global e aos choques econômicos imprevistos exerce uma pressão significativa para expandir a produção de commodities.
- Mercados naturais bem governados precisam de limites claros nos quais elementos importantes da natureza estejam fora dos limites dos mercados. Isso requer uma forte proteção legal e uma posição, bem como uma responsabilidade clara e bem aplicada para aqueles que transgridem esses limites. O estudo de caso da moratória da soja oferece uma visão útil dos efeitos que a criação de limites claros pode ter nos mercados diretos e indiretos e nas cadeias de valor.
- Esses mercados precisam de uma regulamentação mais forte da concorrência e da redução da especulação, possibilitando uma melhor capacidade de natureza positiva e de patrimônio líquido. Essas entidades também precisam aprimorar suas autoridades reguladoras e judiciais entre jurisdições para evitar a arbitragem.
- A assimetria de informações deve ser abordada em todas as cadeias de valor relacionadas a alimentos, desde o fornecimento até o consumo. Essa intervenção de governança cabe a todos os atores da cadeia de valor dos mercados naturais.
Contato e mais informações
Para obter mais informações, envie um e-mail para Monique Atouguia: moniqueatouguia@naturefinance.net
Para a mídia e comunicações, entre em contato com Ceandra Faria: ceandra.faria@f4b-initiative.net